O Ministério da Saúde informou, na tarde desta quarta-feira (3 /5), que todas as informações do Sistema Único de Saúde (SUS) são rastreáveis pelo governo. Segundo a pasta, não há relato de invasão externa (sem cadastro) e toda a segurança passa regularmente por auditorias. A declaração ocorre após a operação da Polícia Federal que investiga supostas fraudes em cartões de vacina contra a covid-19 e tem como um dos alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"O Ministério da Saúde informa que colabora com as investigações da Polícia Federal na forma da lei e segue à disposição das autoridades. Todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Não há relato de invasão externa (sem cadastro) ao sistema do Ministério da Saúde que mantém rotina para a sua segurança e regularmente passa por auditoria", escreveu a pasta.
O órgão também afirmou que, desde o início das investigações, o Ministério da Saúde mantém conduta alinhada à Controladoria-Geral da União (CGU) e em consonância com a Lei de Acesso à Informação. Com 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro, a Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje, a Operação Venire.
Segundo a corporação, o objetivo é "esclarecer atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde". Um dos endereços alvo de busca e apreensão foi a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-ajudante Mauro Cid foi preso.
Mais cedo, o ex-presidente negou ter adulterado o cartão de vacinação. “Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina. Ponto final. Em momento algum falei que tomei a vacina e não tomei”, afirmou Bolsonaro a jornalistas em frente a sua casa, no Jardim Botânico.