O senador disse ainda que a investigação é mais uma tentativa de envolver Bolsonaro no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, já que alguns dos investigados pelas fraudes da vacina também são investigados no caso Marielle. “É uma espécie de pescaria. Você joga uma rede, joga uma tarrafa, puxa e vê o que vem agarrado nela. Como não conseguem achar nada, 'vamos tomar o telefone dele, vamos à casa dele, para ver se a gente acha algo que pode incriminá-lo por qualquer coisa. Não precisa ter relação com o inquérito, não'”, discursou Flávio.
Flávio disse ainda que a decisão de não se vacinar foi opção pessoal do ex-presidente, e que ele não teria motivo para falsificar o cartão, já que nunca precisou apresentá-lo ao viajar a outros países quando era presidente. Flávio disse ainda que a filha mais nova de Bolsonaro, Laura, não tomou a vacina por recomendação médica. “Eu não sei qual é a causa, pode ser alergia a algum produto que tinha na vacina”, afirmou.
Segundo a investigação, as carteiras de vacinação de Bolsonaro, Laura e Mauro Cid foram adulteradas. A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro tomou normalmente a vacina contra covid-19.
Caso Marielle
Flávio criticou ainda a ligação do caso com o assassinato de Marielle Franco, com a presença de investigados na morte da vereadora entre os suspeitos de fraudar as carteiras. “Será que a intenção é tentar, mais uma vez, vincular Bolsonaro ao assassinato da Marielle?”, questionou o senador. “Essa narrativa criminosa de mais uma vez tentar envolver Bolsonaro nesse assunto. Desculpem a palavra, isso é muito escroto”, acrescentou.
Ao finalizar seu discurso, Flávio disse que “essa montanha vai parir um rato”, e que tem certeza que Bolsonaro conseguirá se explicar sobre o caso.