A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) apuram um novo registro de dados falsos de vacina da covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também em São Paulo.
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Bolsonaro saiu do país em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em 30 de dezembro de 2022, após se recusar a passar a faixa presidencial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À época, ele disse que passaria um “período sabático” na Flórida com a família. Em março, o ex-chefe do Executivo voltou ao Brasil com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
De acordo com o relatório da PF, registros de vacinação do ex-presidente e de sua filha caçula foram apagados seis dias depois com a alegação de “erro”. Os investigadores detectaram que, no período entre a inserção e a exclusão dos dados, foi emitido o certificado de vacinação de Laura em língua inglesa.
A fraude teria ocorrido por meio de um esquema montado na Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde os dados foram inseridos e excluídos. O responsável seria o secretário de Governo do município, João Carlos de Souza Brecha — um dos seis presos na operação de ontem.
Apresentar documento falso no ingresso aos EUA é crime federal, passível de multa e de prisão. O certificado de imunização de Bolsonaro foi emitido, por meio do aplicativo ConecteSUS, com o CPF do ex-presidente e utilizando um endereço de IP do Palácio do Planalto. No Brasil, ele pode responder por falsidade ideológica e outros crimes.