O líder do Chega, o partido de extrema-direita de Portugal, André Ventura, cancelou, nesta quinta-feira (4/5), um evento marcado para os dias 13 e 14 de maio, em Lisboa, que teria a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O anúncio acontece um dia após o brasileiro ser alvo de uma operação da Polícia Federal sobre inserção de dados falsos da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.
O encontro, chamado de “Cimeira Mundial da Direita", também teria a presença do vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, e do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. No entanto, devido à apreensão do passaporte de Bolsonaro e também das limitações judiciais do norte-americano, como, por exemplo, as audiências marcadas do caso de um alegado suborno à atriz pornográfica Stormy Daniels, o evento foi cancelado.
“Fruto de acontecimentos que todos acompanhamos e que todos puderam ver, sobretudo nos últimos dias, o Chega terá de suspender e reagendar para data posterior a cimeira mundial das direitas que estava prevista para 13 e 14 de maio”, afirmou o líder da extrema direita em um vídeo divulgado.
Perseguição
A meta, segundo André Ventura, era transformar Portugal num dos centros mundiais da ultradireita contra o socialismo. Ele acredita em perseguição dos partidos conservadores. “A perseguição a que alguns dos nossos principais convidados têm estado sujeitos, envoltos em manobras de manietação, revelam bem o espírito de agressividade, de condicionamento e de ameaça que em certos países reina e que querem fazer contra a direita mundial”, disse na gravação.