O dinheiro em espécie apreendido na casa do tenente-coronel Mauro Cid era pagamento por missões no exterior, disse nesta quinta-feira (4/5) o advogado dele, Rodrigo Roca. A PF (Polícia Federal) encontrou US$ 35 mil em cofre na casa do militar; o valor equivale a R$ 175 mil.
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Roca afirma que Cid não fará delação premiada. "Não há o que ser delatado. Não há algo que esteja sendo escondido que possa servir como moeda de troca. Eu, em nenhuma hipótese, defenderia um delator. Não assessoro pessoas nessas condições", disse; o advogado abandonou a defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral quando ele decidiu pelo acordo.
Ele diz não ter tido acesso ainda ao processo, mas afirmou que "não há reparo a se fazer na conduta de Cid". "Passou da hora de querer decidir a sorte de uma pessoa com algo que aconteceu no último par de meses. O coronel Cid tem uma vida inteira dedicada ao serviço público, fala vários idiomas, é 01 de todo curso que faz", disse.
"Não se pode enlamear a honra de uma pessoa por algo que foi aventado pela polícia e levado ao conhecimento de um ministro do STF", afirmou Roca.
Cid foi preso nesta quarta-feira (3/5) pela PF (Polícia Federal) em operação que investiga um esquema de suposta fraude em comprovantes de vacinação contra COVID-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele era ajudante de ordens de Bolsonaro.