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Estado de Minas OPERAÇÃO VENIRE

Operação Venire: defesa diz que dinheiro em espécie de Cid vem de salário

Advogado do tenente-coronel afirma que dinheiro apreendido pela PF era fruto de pagamento por missões no exterior


04/05/2023 18:30 - atualizado 04/05/2023 18:38

Bolsonaro e seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid
De acordo com o advogado do tenente-coronel, os dólares apreendidos pela PF, durante Operação Venire, são fruto de trabalho (foto: Alan Santos /PR/Divulgação)
O dinheiro em espécie apreendido na casa do tenente-coronel Mauro Cid era pagamento por missões no exterior, disse nesta quinta-feira (4/5) o advogado dele, Rodrigo Roca. A PF (Polícia Federal) encontrou US$ 35 mil em cofre na casa do militar; o valor equivale a R$ 175 mil.

 

Os dólares vieram de trabalho, disse o advogado à GloboNews. "Esse dinheiro não vem de cueca ou mala, vem de trabalho. É fato conhecido que todo militar que faz missão no exterior tem em seu favor aberta uma conta bancária no Banco do Brasil em Miami. Lá são depositados os soldos, foi comprovado imediatamente. Essa verba sequer poderia ter sido apreendida."

 

 

 

 

Roca afirma que Cid não fará delação premiada. "Não há o que ser delatado. Não há algo que esteja sendo escondido que possa servir como moeda de troca. Eu, em nenhuma hipótese, defenderia um delator. Não assessoro pessoas nessas condições", disse; o advogado abandonou a defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral quando ele decidiu pelo acordo.

 

Ele diz não ter tido acesso ainda ao processo, mas afirmou que "não há reparo a se fazer na conduta de Cid". "Passou da hora de querer decidir a sorte de uma pessoa com [base em] algo que aconteceu no último par de meses. O coronel Cid tem uma vida inteira dedicada ao serviço público, fala vários idiomas, é 01 de todo curso que faz", disse.

 

"Não se pode enlamear a honra de uma pessoa por algo que foi aventado pela polícia e levado ao conhecimento de um ministro do STF", afirmou Roca.

 

Cid foi preso nesta quarta-feira (3/5) pela PF (Polícia Federal) em operação que investiga um esquema de suposta fraude em comprovantes de vacinação contra COVID-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele era ajudante de ordens de Bolsonaro.

 

 


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