O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ex-major do Exército Ailton Barros conversaram, por áudios de WhatsApp, sobre uma possibilidade de golpe de Estado.
As mensagens, trocadas na madrugada de 15 de dezembro, já estão de posse da Polícia Federal (PF). Nelas, Ailton comenta que eles devem continuar pressionando o Comandante do Exército Freire Gomes "para que ele faça o que tem que fazer" e que ele faça um pronunciamento "se posicionando em defesa do povo brasileiro".
Leia Mais
MP aponta esquema de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro, diz jornalQue crimes Bolsonaro pode ter cometido caso se confirme falsificação do certificado de vacina contra covidCertificados de vacina foram emitidos um dia após inserção de dados, diz PFJanones sobre imagens de dinheiro vivo na casa de Cid: Cerco está fechandoOperação Venire: defesa diz que dinheiro em espécie de Cid vem de salárioNo avançar da conversa, eles alegam que a fala deve ser feita até o dia seguinte (16/12), e que "se for preciso, vai ser fora das quatro linhas. Nos decretos e nas portarias que tiverem que ser assinadas têm que ser dada a missão ao comandante da brigada de operações especiais de Goiânia de prender o (ministro do Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes no domingo (18/12), na casa dele".
Os aliados de Bolsonaro avisam que no dia 19 daquele mês sejam lidas as portarias ou os decretos de garantia da Lei e da Ordem (LDO).
OPERAÇÃO VENIRE
Na quarta-feira (3/4), a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão em 16 residências, inclusive na do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As ações têm como objetivo investigar um esquema para fraudar dados de vacinação contra a COVID-19 inseridos no sistema do Ministério da Saúde. Os beneficiários poderiam usar os certificados para viajar aos Estados Unidos ou frequentar locais no Brasil que exigiam a comprovação.
- Eduardo Bolsonaro: ação da PF é 'perseguição da esquerda'
Seis pessoas foram presas, entre elas o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-major Ailton Barros, citados anteriormente.
Sargento Luís Marcos dos Reis, os ex-assessores de Bolsonaro Max Guilherme e Sérgio Rocha Cordeiro; além do secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha.