O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, após derrota expressiva do governo no Congresso e disse que "em hipótese alguma" cogita mudar a articulação política.
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A primeira derrota expressiva de Lula no Legislativo ocorreu com a derrubada na Câmara de mudanças feitas pelo governo federal no Marco do Saneamento, na noite desta quarta-feira (3), por 295 votos a 136.
Teve apoio quase total de MDB, União Brasil e PSD, partidos que receberam juntos um total de nove ministérios de Lula, mostrou uma legião de infiéis e sinalizou uma série de recados ao governo federal.
O próprio Lula havia cobrado Padilha publicamente na quinta-feira (4). "Espero que ele tenha a capacidade de organizar, de articular, que ele teve no conselho, dentro do Congresso Nacional. Aí vai facilitar muito a vida", afirmou em discurso em Brasília, no lançamento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que será chefiado pelo ministro.
Lula também afirmou em Londres estar retomando "políticas públicas que deram certo" e que, após definições, "vai ficar proibido ministro de ter ideia" —uma crítica a propostas de integrantes do governo divulgadas nos últimos meses sem combinação prévia no Planalto.
"Ministro tem que trabalhar para executar o que já decidimos. Senão todo mundo tem uma ideia todo dia e essa ideia não é colocada em prática. O governo tem que ser menos teórico e mais prático, porque é isso que o povo deseja", afirmou Lula.