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As críticas acontecem três dias depois de o Banco Central decidir manter a Selic em 13,75% ao ano, sem sinalizar um corte futuro da taxa básica, conforme tem sido cobrado pelo presidente e outros integrantes do governo.
"Eu não discuto a autonomia do Banco Central", disse o presidente. Eu indiquei um presidente que era deputado federal eleito pelo PSDB. Eu nem conhecia o Meirelles quando eu indiquei ele . E eu duvido que esse cidadão tenha mais autonomia do que o Meirelles teve. Só que o Meirelles tinha a responsabilidade de ter um governo discutindo com ele, olhando as preocupações. Esse cidadão não tem."
Lula disse ainda que não bate no BC: "Desculpe, você nunca me viu bater no Banco Central", respondeu a um jornalista. "Eu não bato no Banco Central porque o Banco Central não é gente. É um banco. O que eu discordo é da política. Quem concorda com a política de juros de 13,75% que defenda publicamente. Eu não concordo."
"A sociedade, os varejistas, os empresários, os trabalhadores não suportam mais a taxa de juros. Se a gente quer gerar emprego no país, nós vamos ter que ter crédito. Crédito para o trabalhador, crédito consignado, crédito para as grandes empresas. Senão, o país não cresce.
Estou tentando recolocar para o povo brasileiro, o país sadio, o país da esperança, o país da fé".
A conversa aconteceu no hotel em que ele e sua comitiva ficaram hospedados, ao lado do Hyde Park, nesses dois dias de visita ao Reino Unido. Lula acompanhou a coroação como um dos 2.200 convidados na Abadia de Westminster. Após a entrevista, ele deve seguir para o aeroporto e voltar para o Brasil.
No dia anterior, o brasileiro se reuniu com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. "Ele assumiu a responsabilidade de contribuir com o Fundo da Amazônia. OS Estados Unidos vão dar US$ 500 milhões e agora a Inglaterra, que não sei quanto vai dar, mas espero que seja a mesma coisa", disse Lula. Diplomatas dos governos britânico e brasileiro, no entanto, informaram que a contribuição será de £ 80 milhões (R$ 500 milhões).