Jornal Estado de Minas

Economia

Banco Central deve trocar 4 de 8 diretorias neste ano


Há oito diretorias no organograma do Banco Central (BC), abaixo da presidência, hoje ocupada por Roberto Campos Neto. Destas, duas estavam aguardando indicações de novos nomes. São elas a diretoria de Política Monetária e a de Fiscalização, cujos mandatos dos atuais diretores expiraram em 28 de fevereiro. 






Nesta segunda (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os dois indicados do governo para compor a diretoria do Banco Central. De acordo com Haddad, Gabriel Galípolo, atual secretário-executivo da pasta, foi indicado para assumir a diretoria de política monetária da autarquia e o servidor Ailton Aquino dos Santos foi apontado para assumir a diretoria de fiscalização da autarquia.


Pelo cronograma do BC, os próximos mandatos a expirar são de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e de Mauricio Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta -ambos em 31 de dezembro deste ano.


Em dezembro do ano que vem, terminam os mandatos de Campos Neto, do diretor de Regulação, Otavio Damaso, e da diretora de Administração, Carolina de Assis Barros. A lei também de autonomia do BC, aprovada em 2021, determina mandatos fixos de quatro anos ao presidente e aos diretores da autarquia, que podem ser renovados apenas uma vez e não são coincidentes com o do presidente da República.





Segundo a legislação, cabe ao presidente da República a indicação dos nomes dos diretores. Posteriormente, eles passam por sabatina no Senado Federal. O chefe da autarquia pode designar uma diretoria diferente daquela para a qual um nome foi originalmente indicado pelo presidente.


A oficialização de quem assumirá a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) também pesa sobre os próximos passos da discussão. O mais forte argumento a favor do modelo de gestão se baseia no fato de o mandato fixo ter como objetivo blindar o BC de interferências políticas.

 

A ideia inicial do governo Lula era discutir a escolha com Campos Neto, que, por sua vez, tinha a expectativa de tomar uma decisão em consenso com a gestão Lula.