Há oito diretorias no organograma do Banco Central (BC), abaixo da presidência, hoje ocupada por Roberto Campos Neto. Destas, duas estavam aguardando indicações de novos nomes. São elas a diretoria de Política Monetária e a de Fiscalização, cujos mandatos dos atuais diretores expiraram em 28 de fevereiro.
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Pelo cronograma do BC, os próximos mandatos a expirar são de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e de Mauricio Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta -ambos em 31 de dezembro deste ano.
Em dezembro do ano que vem, terminam os mandatos de Campos Neto, do diretor de Regulação, Otavio Damaso, e da diretora de Administração, Carolina de Assis Barros. A lei também de autonomia do BC, aprovada em 2021, determina mandatos fixos de quatro anos ao presidente e aos diretores da autarquia, que podem ser renovados apenas uma vez e não são coincidentes com o do presidente da República.
Segundo a legislação, cabe ao presidente da República a indicação dos nomes dos diretores. Posteriormente, eles passam por sabatina no Senado Federal. O chefe da autarquia pode designar uma diretoria diferente daquela para a qual um nome foi originalmente indicado pelo presidente.
A oficialização de quem assumirá a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) também pesa sobre os próximos passos da discussão. O mais forte argumento a favor do modelo de gestão se baseia no fato de o mandato fixo ter como objetivo blindar o BC de interferências políticas.
A ideia inicial do governo Lula era discutir a escolha com Campos Neto, que, por sua vez, tinha a expectativa de tomar uma decisão em consenso com a gestão Lula.