Jornal Estado de Minas

NOVA YORK

Ao lado de Zema, empresário faz o L em evento na bolsa de NY

O governador Romeu Zema (Novo) esteve na abertura de um pregão na Bolsa de Valores Nasdaq, a maior do mundo em negócios de tecnologia e inovação, em Nova York, para lançar o “Vale do Lítio”, projeto que objetiva desenvolver cidades do Nordeste e Norte do estado em torno da cadeia produtiva do lítio. Durante o momento da foto do evento, um empresário foi flagrado fazendo o símbolo do L ao lado do mineiro.





O gesto é comumente feito por apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem Zema tem dirigido diversas críticas desde que o petista assumiu o Planalto. O governador chegou, inclusive, a acusar o governo de omissão durante os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro.
Já no final de abril, durante evento organizado pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Zema chegou a chamar o governo Lula de retrocesso, afirmando que dificilmente o Brasil terá reformas durante o terceiro mandato do petista.



O cenário Brasil não é nenhuma maravilha. Nós não teremos reformas, muito provavelmente, com esse governo que é avesso a qualquer tipo de avanço. O que nós estamos vendo é uma tentativa de retrocesso, mas que dificilmente também vai acontecer porque o placar desta última eleição para o governo federal foi de 51 a 49, então este governo não tem tanta facilidade para reverter os avanços que o Brasil teve”, disse o governador.





Vale do Lítio


A iniciativa intitulada de Lithium Valley Brazil, foi lançada oficialmente nessa terça-feira (9/5), sendo idealizada pela Invest Minas - agência de promoção de investimento e comércio exterior de Minas Gerais. O Vale é resultado da articulação entre os governos municipais e estadual, para formular políticas públicas que atraiam empresas e investimentos.

Para Zema, o lançamento significa que Minas está mostrando potencial na produção do metal estratégico, fundamental na transição energética. “Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, explicou.

Ao todo, 14 cidades fazem parte do Vale: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro. Juntos, esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, ressaltou que o projeto quer atrair atores da cadeia produtiva do lítio para uma mesma região, para que possam extrair, beneficiar e fabricar produtos que abastecem o mercado global. “Isso trará diversas empresas e empregos de qualidade para a região, transformando a realidade local”, ressaltou.