Durante sessão no Plenário da Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (10/5), os parlamentares Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) se desentenderam quando o parlamentar petista citou diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao abordar alguns dos escândalos envolvendo ele e o seu governo.
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Resposta
"Eu queria que a sessão transcorresse de maneira mais tranquila, mas é inevitável depois dessa avalanche de fake news, sou obrigado a relembrar o deputado do PT que o líder do PT na Câmara já foi preso, o líder do PT no Senado já foi preso, durante os governos do PT o presidente do BNDES foi preso, o presidente do Banco do Brasil foi preso, o presidente da Caixa foi preso, o próprio ex-presidente Lula acabou sendo encarcerado", listou o líder do PL na Câmara.
"E contra Bolsonaro vocês se agarram na carteira de vacinação que todo mundo sabe, ele sempre disse que nunca se vacinou", completou.
Defendendo o pai, Eduardo ironizou a CPI da Covid e afirmou que todas as vacinas contra a covid-19 adquiridas durante o ápice da pandemia, foram compradas durante o governo Bolsonaro.
"A CPI da Covid do Senado, aquela palhaçada que foi, levaram para a PGR (Procuradoria-Geral da União) e eles foram obrigados a arquivar, porque não tem nada", comentou. "Eles (oposição) dizem que é o grande escândalo do governo Bolsonaro, 'O escândalo da Covaxin'. Quantos reais foram gastos para comprar covaxin? Zero, o maior escândalo do governo Bolsonaro".
Afirmando que a primeira pessoa vacinada no mundo foi em meados de dezembro de 2020, no Brasil, Eduardo Bolsonaro classificou a situação do país durante a crise sanitária como "privilegiada".
"A situação do brasileiro foi de certa forma até privilegiada, quem falasse com boliviano, e paraguaio, que pediam 'pelo amor de deus, manda respirador, vacina', enquanto aqui brasileiros podiam optar por AstraZeneca, Pfizer, Moderna, Coronavac, qualquer tipo de vacina que tivesse no mundo estavam disponíveis aqui, como pode repetir que era um presidente anti-vacina", disse.
Por fim, Eduardo teceu críticas à Justiça brasileira, alegando que acusações contra Jair no Tribunal Internacional de Haia foram todas arquivadas. "Muito diferente de determinados tribunais aqui do Brasil, porque agiram com conhecimento da causa e não com narrativa política, que tentam embrenhar pela repetição, usando a tática nazista: repetir a mentira ate que se torne verdade".