O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se emocionou durante o evento de sanção da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura. A cerimônia ocorreu na noite desta quinta-feira (11/5), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, e foi interrompida quando uma mulher da liderança do Quilombo Rio dos Macacos tentou subir no palco para fazer um apelo ao presidente.
"Esse país chegou a ser a sexta economia do mundo, mas me parece que o destino nos jogou uma praga de gafanhoto. Em apenas 4 anos, destruíram tudo o que nós fizemos. Esse país gerou mulheres como esta, desesperadas, e são 33 milhões de pessoas que voltaram a passar fome nesse país", completou o presidente.
Incentivo à cultura
A lei homenageia o ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu em 2021 vítima da covid-19, e destina R$ 3,8 bilhões de superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) ao setor cultural, com o objetivo "de recuperar o prejuízo causado sob o governo de Jair Bolsonaro".
“Essa sempre será uma prioridade em nosso governo. A cultura movimenta a roda da economia e ilumina o caminho que devemos seguir rumo a um país mais desenvolvido, mais justo, mais inclusivo e muito mais feliz”, declarou Lula em sua conta oficial do Twitter.
Após pressão, o Parlamento derrubou o veto e a lei foi promulgada em julho. Ainda assim, houve uma tentativa de postergar o pagamento dos recursos previstos na lei, o que foi barrado rapidamente pela Suprema Corte. “A cultura terá o maior investimento direto da história: R$ 3,8 bilhões, que serão distribuídos aos Estados e municípios brasileiros que demonstrarem interesse. A Lei Paulo Gustavo soma ao recente decreto que assinei destravando leis de fomento à cultura”, pontuou o presidente no Twitter.