O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) teceu novas críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta sexta-feira (12/5). Ele comentou uma publicação da CNN, a qual noticia o fato de o chefe do Executivo ir a uma feira do agronegócio na Bahia para “fazer inveja” à Agrishow, que chegou a “desconvidar” o ministro da Agricultura Carlos Fávaro, para convidar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A regra é a seguinte, quem discorda do Governo Lula e quem combate a corrupção é fascista ou ‘facista’. O Brasil está do avesso, e a moral está invertida”, disse o senador Moro.
A regra é a seguinte, quem discorda do Governo Lula e quem combate a corrupção é fascista ou "facista". O Brasil está do avesso e a moral está invertida. https://t.co/3WJL3lgZjN
%u2014 Sergio Moro (@SF_Moro) May 12, 2023
As críticas de Lula ao setor ocorreram durante o evento de lançamento da plataforma digital que vai coletar sugestões da sociedade para o plano orçamentário plurianual, nessa quinta-feira (11/5). O presidente chamou os organizadores da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), o maior evento da área na América Latina, de “fascistas e negacionistas”, e exaltou a feira realizada na Bahia.
“Eu falei para o Fávaro: ‘Não fique nervoso. Não perca a cabeça, porque a agricultura brasileira não é só isso’. Eu chego aqui na Bahia e encontro os companheiros do agronegócio que me convidam para vir à segunda feira mais importante do país”, disse Lula, que afirmou ainda ir ao evento para fazer inveja aos “maus-caracteres” de São Paulo.
Após o imbróglio com o governo, a Agrishow chegou a cancelar o evento de abertura da feira, o que não impediu que Bolsonaro fizesse do evento um palanque. Em discurso, o ex-presidente fez duras críticas a gestão de Lula no que tange a demarcação de Terras Indígenas (TI).
"Existem 400 pedidos de demarcações de terras indígenas e aproximadamente 3,5 mil de novas comunidades quilombolas no nosso país. E aquele cara (Lula) disse que faz o impossível para atender a esses anseios dessas comunidades. Se 10% forem atendidos, para onde irá nosso agronegócio?", questionou Bolsonaro.