O petista frisou ainda que, embora Bolsonaro tenha dito combater a corrupção em seu governo, "agora vamos ver a corrupção com a turma dele". O comentário foi feito no dia em que um ex-funcionário do ex-presidente foi alvo de operação de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) no caso das joias sauditas.
"Que Deus queira que nunca mais esse país tenha alguém tão antidemocrático. Um cara que tem nas costas a responsabilidade da morte de 300 mil pessoas nesse país, que poderiam ter sido salvas se ele trabalhasse direito", discursou Lula durante o lançamento do programa Escola em Tempo Integral em Fortaleza, Ceará, citando parte das 700 mil mortes pela covid-19 no país.
"Agora está dentro de casa, com o rabinho preso. Está prestando depoimento. Ele vai saber o quanto foi ruim para ele mentir durante o processo eleitoral", continuou o presidente. Lula citou as investigações sobre fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e de sua filha, Laura, que levou à prisão do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
"Nós vamos ver agora a corrupção"
"[Bolsonaro]Vivia dizendo que era um governo honesto, que combatia a corrupção. Nós vamos ver o que era corrupção agora com a turma dele", disse Lula. O presidente também atacou a gestão de seu antecessor. "Nos últimos quatro anos, parece que uma praga de gafanhotos passou por esse país e conseguiu destruir muitas coisas que estavam construídas", comentou.
Sobre os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília, e a tentativa de golpe de Estado, o petista frisou que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também foi vítima de um golpe ao sofrer impeachment, e que os envolvidos nos atos antidemocráticos responderão na Justiça.
"Aquele golpe era pra ser no dia primeiro, mas eles tiveram medo, porque tinha muita gente lá [na cerimônia de posse]. Agora tem muita gente presa, e eles vão aprender uma lição. Se querem governar esse país, não deem golpe. Disputem a eleição da forma mais honesta, e aguardem o resultado das urnas", enfatizou Lula.