Os assessores de Jair Bolsonaro (PL), que são investigados pela Polícia Federal (PF), multiplicaram seus ganhos em diárias durante a estadia do ex-presidente nos Estados Unidos após o fim do seu mandato. O ex-chefe do Executivo passou quatro meses em Orlando, na Flórida. As verbas foram pagas pelo governo federal e divulgadas por UOL e Agência Fiquem Sabendo neste domingo (14/5).
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Ainda segundo o UOL, o custo total das diárias e passagens aéreas dos quatro chega à casa de R$ 467 mil durante o período. As diárias são um valor pago pelo governo a servidores em viagens oficiais, para ajudar a cobrir despesas com hotéis e alimentação.
Durante os quatro anos do mandato de Bolsonaro, os assessores desembolsaram pouco menos de R$ 175 mil. Cabe ressaltar que as diárias no exterior são pagas em dólar, variando de U$ 350 a U$ 460, enquanto no Brasil varia de R$ 300 a R$ 500. Pela lei, todo ex-presidente tem direito a oito assessores para acompanhá-lo.
Cid, Max Moura e Sérgio Cordeiro foram presos durante as diligências da PF, enquanto Marcelo Câmara também foi alvo de busca e apreensão. Um quinto assessor investigado, Luis Marcos dos Reis, também ganhou com diárias durante o mandato do ex-presidente, mas não viajou para os Estados. Ao todo, o governo gostou R$ 727 mil com os cinco assessores entre 2019 e março deste ano.
Veja os pagamentos
Durante os 90 dias de Bolsonaro nos EUA, os quatro assessores que chegaram a viajar para Orlando revezaram sua estadia. Max esteve com o ex-presidente por 64 dias, Cordeiro e Câmara, por 63 cada, e Mauro Cid, por apenas dois dias.
- Marcelo Câmara - R$ 128.012
- Mauro Cid - R$ 1.413
- Max Guilherme Moura - R$ 130.154
- Sérgio Rocha Cordeiro - R$ 137.936