“Estou aqui por uma transformação, todo tombo dói, mas não vou desistir. Hoje é um novo começo para a minha voz. Com esse tombo eu convido todos que lutam contra a quebra da liberdade, da democracia, contra os abusos dos poderosos, que se reergam comigo unindo sua voz”, disse.
A fala de Dallagnol teve o apoio de deputados de oposição ao governo petista. Ao seu lado estavam, entre outros, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a deputada Júlia Zanatta (PL-SC).
Zanatta ganhou destaque em março deste ano por postar uma foto com uma arma e vestindo uma camisa com estampa de uma mão com quatro dedos com marcas de três tiros, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na votação nessa terça-feira (16/5), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Benedito Gonçalves, relator da ação, alegou, em seu voto, que o ex-procurador pediu exoneração para evitar eventuais punições administrativas que poderiam torná-lo inelegível. A saída do coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato ocorreu em novembro de 2021.
"Quem pretensamente renuncia a um cargo (direito a princípio conferido pelo ordenamento jurídico) para, de forma dissimulada, contornar vedação estabelecida em lei (impossibilidade de disputar eleição para o cargo de presidente de tribunal), incorre em fraude à lei", argumentou Benedito.