O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, vai depor pela terceira vez à Polícia Federal (PF) em menos de dois meses. Nesta quinta-feira (18/5), o militar será ouvido no inquérito da Operação Venire, que investiga um esquema de fraude em dados do cartão de vacinação do ex-presidente e de sua filha mais nova, Laura Bolsonaro.
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Dallagnol critica powerpoint do governo Lula: '1ª vitória foi me cassar'Vereador é cassado suspeito de liderar associação criminosa Fraude da vacina: Flávio Bolsonaro diz não saber se Cid agiu sozinhoSilvio critica abuso infantojuvenil e cita Bolsonaro sobre 'pintar clima'Gleisi sobre indicação de Ricardo Salles para CPI do MST: 'Ultrajante'O militar também precisa explicar uma suposta fraude no seu cartão de vacina e de seus familiares. Os dados teriam sido alterados para viabilizar a entrada nos Estados Unidos após as eleições de 2022, quando Bolsonaro deixou o país pouco antes de perder o mandato como presidente.
Em seu depoimento, nessa terça (16/5), o antigo chefe do Planalto disse que não determinou a fraude a seu ex-ajudante. Ele ainda voltou a afirmar que não se vacinou e que desconhece os motivos para a fraude. Para Bolsonaro, caso Cid tenha cometido a ação, "foi à revelia, sem qualquer conhecimento ou orientação".
Outros depoimentos
Cid era a pessoa mais próxima ao ex-presidente durante seus quatro anos de governo. No início de abril, o militar foi interrogado no inquérito que investiga a tentativa de entrada ilegal de joias sauditas no Brasil, sem a devida declaração à Receita Federal.
Os itens seriam presentes do governo saudita a Jair Bolsonaro. No entanto, os itens deveriam ser depositados no acervo da União. Cid teria intermediado as tentativas de reaver as joias que ficaram apreendidas no Aeroporto de Guarulhos.
Já no dia em que foi preso pela PF, Cid depôs sobre o esquema de fraude nos cartões de vacina. Na ocasião, ele optou por ficar em silêncio.