A jornalista política Andréia Sadi, da GloboNews, compartilhou a informação de que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) temem que o silêncio do tenente-coronel Mauro Cid, em depoimentos à Polícia Federal (PF), indique uma possível delação premiada. O militar é ex-ajudante de ordens do antigo chefe do Planalto, sendo uma das pessoas mais próximas a ele.
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Este é o segundo depoimento do militar na investigação. O primeiro foi no dia em que foi preso pela PF, no último 3 de maio, quando ele também optou pelo silêncio.
Cid precisa explicar sua atuação no esquema que inseriu dados falsos no sistema do Ministério da Saúde que, supostamente, além de ter sido feito para beneficiar o ex-presidente, também foi feito em seu favor e de outros familiares. Os dados teriam sido alterados para viabilizar a entrada nos Estados Unidos após as eleições de 2022.
Jair Bolsonaro prestou depoimento nessa terça-feira (16/5), afirmando que não ordenou que o ex-ajudante de ordens cometesse a fraude. Para o ex-presidente, caso Cid tenha cometido a ação, "foi à revelia, sem qualquer conhecimento ou orientação".