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Estado de Minas DELTAN DALLAGNOL

Moro sobre cassação de Dallagnol: 'A culpa é do governo e do PT'

Senador e ex-juiz da Lava-Jato atribuiu a cassação do agora ex-deputado Deltan Dallagnol a um suposto clima de polarização que seria estimulado por Lula e o PT


19/05/2023 13:49 - atualizado 19/05/2023 14:08
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Sergio Moro
Moro disse que respeita a decisão do TSE, mas afirmou que ela gera insegurança nos parlamentares (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
O senador Sergio Moro (União-PR) atribuiu a cassação do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ocorrida  nessa quarta-feira (17/5), ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao Partido dos Trabalhadores (PT), que moveu a ação contra o ex-procurador da Lava-Jato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma federação formada com o PCdoB, PV e PMN.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-juiz da Lava-Jato atribuiu a decisão contra Dallagnol a um contexto de “perseguição à oposição”. “Em qualquer governo, há as pessoas que apoiam o governo e tem a oposição. Temos que discutir projetos, mas o grande problema é que o governo e o Lula, em particular, têm contribuído com discurso que não pacifica o país”, disse Moro.

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça ressaltou, porém, que não pode afirmar que o PT e aliados articulam contra Dallagnol, mas que o clima favorece a polarização. "Esse clima provocado pelo governo Lula que favorece a perseguição da oposição dificulta até que uma decisão como essa, que é controvertida, seja bem acolhida”, afirmou.

Sergio Moro também ressaltou que a cassação de Dallagnol e a decisão do TSE geram insegurança nos parlamentares.

O deputado perdeu um mandato após o tribunal decidir, por unanimidade que ele deixou o Ministério Público para “escapar” de processos administrativos disciplinares (PAD) que poderiam levá-lo a inelegibilidade pela Lei da Ficha Limpa. 

Por outro lado, os PADs contra Dallagnol ainda estavam em fases preliminares e poderiam, ou não, gerar uma punição. Esse foi o argumento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná para deixá-lo concorrer às eleições de 2022.


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