Em vídeos que circularam nas redes sociais, antes mesmo da própria equipe de Deltan divulgar o encontro, o parlamentar aparece em cima de um carro de som, com a faixa “juntos com Deltan”. Seguido de batedores da policia, o caminhão que levava Dallagnol era acompanhado por uma fila de apenas três carros. Ao lado do deputado cassado, alguns aliados lavajatistas discursaram. Em um dos trechos divulgados, um homem diz que “na última terça-feira o Brasil não dormiu, o Paraná ficou sem chão. 345 mil votos jogados no lixo, e quem jogou no lixo são os criminosos que tomaram o Brasil. São aqueles que estão querendo nos calar”.
A recepção estava planejada para ocorrer a partir das 10h. Na internet, opositores do paranaense fizeram piada com o que chamaram de “marcha fúnebre”. O deputado André Janones (Avante-MG) chegou a fazer uma enquete: “Vocês dormiram bem na última terça-feira?”, com duas opções de resposta: “sim, dormi muito bem” e “não dormi”.
O senador Humberto Costa (PT-PE) também repercutiu os vídeos de Deltan. “Os bolsonaristas não podem ver uma vergonha que já querem passar. Deltan Dallagnol decidiu fazer uma passeata nas ruas de Curitiba contra a cassação de seu mandato, mas não comoveu ninguém”, escreveu.
O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, afirmou que Dallagnol cometeu uma "fraude" à Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do Ministério Público Federal (MPF) 11 meses antes das eleições, enquanto enfrentava processos internos no MPF que poderiam levar à sua demissão — e, em consequência, à sua inelegibilidade.