Em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (19/5), Gabriela Cid, esposa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), admitiu o uso dos cartões de vacina falsa, mas afirmou que a responsabilidade pela falsificação é de Mauro Cid. A informação foi confirmada pelo Correio com fontes na investigação.
De acordo com a PF, Cid fraudou os cartões de imunização contra a covid-19 para ele e familiares, além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a filha. O objetivo era ingressar nos Estados Unidos com os documentos falsos. Gabriela Cid disse à corporação que usou os documentos, mas que a responsabilidade pela inserção dos dados falsos é do marido.
O esquema de inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde para emissão de certificados de vacinação contra a covid-19 foi revelado pela Operação Venire, que teve como desdobramento a prisão de Cid em 3 de maio, por meio de determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O depoimento de Gabriela foi marcado um dia depois do de Cid. Diferente da esposa, o ex-ajudante de ordens compareceu à PF, mas preferiu manter o silêncio sobre o assunto. O tenente-coronel também foi questionado sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e as movimentações financeiras dos antigos ocupantes do Palácio da Alvorada, mas também preferiu não comentar os assuntos.
O depoimento de Gabriela foi marcado um dia depois do de Cid. Diferente da esposa, o ex-ajudante de ordens compareceu à PF, mas preferiu manter o silêncio sobre o assunto. O tenente-coronel também foi questionado sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e as movimentações financeiras dos antigos ocupantes do Palácio da Alvorada, mas também preferiu não comentar os assuntos.
Bolsonaro negou responsabilidade
Na última terça-feira (16/5), foi a vez de Bolsonaro prestar depoimento à corporação sobre a falsificação dos cartões. O ex-presidente disse não saber do suposto esquema de fraude e que
Cid era o único responsável pela gestão de seu aplicativo ConectSUS.
O ex-chefe do Planalto afirmou, na quinta-feira (18/5), que “pede a Deus” que Cid “não tenha errado” e que não tem conversado com o ex-ajudante de ordens.