A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PT-PR), participou de uma série de encontros na Região Metropolitana de Belo Horizonte nesta sexta-feira (19/5). Além de se encontrar com a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), ela também se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB).
Segundo Gleisi, a viagem a Minas Gerais tem como objetivo debater a eleição de 2024, bem como a situação política do país e as prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesse sábado, Gleisi vai a Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e a Montes Claros, no Norte do estado.
"Precisamos de disposição para os desafios eleitorais que nós temos pela frente, então a presença aqui é para conversar com o PT mesmo, com os nossos dirigentes e deputados. Tratar da estratégia para a próxima eleição e da organização partidária. A gente vai ter várias plenárias agora no segundo semestre para essa organização dos nossos diretórios municipais", declarou.
De acordo com a deputada, ainda não há uma definição de candidatura própria para Belo Horizonte e não seria um problema conversar com outros partidos da federação.
“Nós estamos procurando conversar nacionalmente. Já estabelecemos uma mesa de conversa sobre isso, então a ideia é a gente analisar as capitais, principalmente as que são muito importantes para nós e os municípios onde nós temos mais 100 mil eleitores”, avaliou.
Questionada sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), principal pauta do governador Romeu Zema (Novo), Hoffmann defendeu que as cláusulas sejam revistas, já que o programa foi elaborado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Nós somos contra a privatização, somos contra o arrocho de salário dos servidores. Isso não é uma pauta nossa. Agora, tem uma decisão judicial aí no meio, uma liminar que está dando condições ao governador de não assinar e de não pagar a dívida. Isso também não está correto. Então eu acho que tem que procurar uma solução", declarou a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.
CPI do MST
A deputada é também uma das suplentes na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), instalada na Câmara nesta semana. Para Hoffmann, é importante buscar um equilíbrio entre a entidade e o agronegócio, já que ambos são importantes para o país.
“O principal objetivo desta CPI é a gente baixar um pouco a temperatura de disputa entre o MST e o agronegócio. Nós não precisamos disso, o Brasil não precisa disso. O agronegócio é muito importante para o Brasil. É produção de grãos, é exportação, traz divisas e ajuda muito na economia. Assim como o MST, com a agricultura familiar, que é essencial para a economia e para a vida das pessoas para quem produz alimento”, ponderou.