HIROSHIMA, JAPÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu por cerca de uma hora com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anfitrião da cúpula do G7, na manhã deste sábado (20/5), em Hiroshima.
Kishida anunciou que o Japão "iniciaria procedimentos para a introdução de isenção de visto de curta duração para portadores de passaporte comum do Brasil".
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Kishida saudou a candidatura do Brasil para sediar a COP 30 (30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) e se comprometeu a trabalhar "em estreita colaboração" com Lula na proteção ambiental.
Ambos voltaram a defender a reforma do Conselho de Segurança da ONU, como os dois países fazem regularmente.
Segundo o relato japonês, por fim, "os dois líderes reafirmaram a importância de valores fundamentais como a liberdade e a democracia, e concordaram em trabalhar juntos para a manutenção e fortalecimento de uma ordem internacional baseada no estado de direito".
O encontro bilateral entre os líderes brasileiro e japonês foi preparado no dia anterior por uma reunião, também de quase uma hora, entre o chanceler Mauro Vieira e o colega Yoshimasa Hayashi.
Este abordou, por exemplo, o investimento de R$ 1,09 bilhão em saúde e outros setores dizendo que o Japão gostaria de "trabalhar junto com o Brasil para sua rápida implementação".
Os dois ministros também "trocaram pontos de vista sobre a situação na Ucrânia e no Leste Asiático", ou seja, sobre a guerra e a China, mas os temas não chegaram à discussão dos dois presidentes, ao menos segundo o relato oficial.
G7 E G20
Na manhã de sábado, além de Lula, o primeiro-ministro japonês se encontrou com o colega da Índia, Narendra Modi, e com o presidente da Indonésa, Joko Widodo. Os três são, respectivamente, o próximo presidente anual do G20, que reúne países ricos e emergentes, o atual e o anterior.
Em seguida, Kishida dirigiu uma sessão de trabalho no G7, restrita aos membros, com o tema "Fortalecendo o Engajamento com os Parceiros (Sul Global, G20)". Afirmou que, "à medida que os emergentes do chamado Sul Global aumentam sua presença, é importante reforçar o envolvimento com os parceiros internacionais para além do G7".
Defendeu "adotar uma abordagem pormenorizada que responda às várias necessidades enfrentadas por esses países" e disse que "gostaria de vincular os resultados da cúpula do G7 em Hiroshima à futura cooperação com o G20".