O senador Renan Calheiros (MDB-AL) não deve integrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. As informações são do colunista Tales Faria, do UOL.
De acordo com Faria, o senador informou ao líder de seu partido no Senado, Eduardo Braga (AM), e ao líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que não deseja participar da comissão.
Renan Calheiros o motivo de seu desinteresse e o senador apenas comentou em tom irônico que já está sendo vetado pelo “poderoso presidente da Câmara”, Arthur Lira (PP-AL) e preferiu não criar problema.
A coluna do UOL perguntou a Calheiros avalia que a CPMI deveria ter sido criada logo após os ataques à Brasília, afirmando que a comissão perdeu seu propósito com o avanço das investigações pela Polícia Federal e que servirá de palco para parlamentaristas bolsonaristas que podem vir a montar narrativas para a internet a fim de satisfazerem os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O senador era um dos nomes favoritos à vaga do partido devido ao seu sucesso como relator da CPI da Covid, em 2022. Eduardo Braga ainda discutirá na bancada os dois nomes que irão representar o MDB do Senado na CPMI.
Calheiros e Lira são inimigos declarados na política alagoana e, segundo a coluna, o presidente da Câmara já vinha defendendo junto ao governo que Renan não fosse escolhido.