Em quase seis meses de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de 15 encontros bilaterais com chefes de estado. Seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), esteve com 12 autoridades no mesmo período. Ocorre que Lula pode aumentar ainda mais a vantagem, neste domingo (21/5), já que tem um encontro confirmado durante a cúpula do G7, com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, além do interesse do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em se reunir com o petista.
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No domingo (21/5), a previsão é de que Lula se reúna com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh.
De volta ao debate mundial
Em janeiro, Lula fez sua primeira viagem internacional no terceiro mandato e se encontrou com o presidente da Argentina Alberto Fernández. Dois dias depois, a reunião foi com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.
No mês seguinte, em visita aos Estados Unidos, o presidente se encontrou com Joe Biden, presidente norte-americano.
"Estamos voltando a estabelecer parcerias importantes para o cuidado com nosso meio ambiente e na defesa da democracia. O Brasil está de volta ao debate mundial", escreveu Lula nas redes sociais.
Em abril, Lula teve cinco encontros bilaterais. No dia 14, foi recebido pelo presidente da China, Xi Jinping e pelo presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês.
No dia seguinte, o presidente foi recebido pelo Xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, dos Emirados Árabes Unidos. Os dois fizeram uma reunião para firmar acordo entre os dois países no palácio Qasr Al Watan, sede do governo.
Já no dia 18, foi a vez de Lula receber o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, no Palácio Itamaraty, em Brasília. No dia 22, o presidente embarcou para Portugal, onde se encontrou com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa e com o primeiro-ministro português, António Costa.
Quatro dias depois, Lula visitou o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa, sede do governo, no centro de Madri. Em seguida, ele almoçou com o rei Felipe VI no Palácio Real.
Durante viagem ao Reino Unido para a coroação do Rei Charles III, em 5 de maio, Lula se reuniu com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak para tratar de acordos bilaterais. Quatro dias depois, recebeu o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, em Brasília.
Líderes conservadores
O ex-presidente Jair Bolsonaro, no início de mandato, se encontrou com 12 chefes de estado. A maior parte dos encontros bilaterais se concentrou durante a participação de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em janeiro de 2019, em Davos, na Suíça. Apenas nesse evento foram nove reuniões. Outra característica é que a maioria das autoridades são consideradas líderes conservadores.
Em janeiro, durante participação no Fórum Econômico Mundial, Bolsonaro se reuniu com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, com o primeiro-ministro japonês, Shinz%u014D Abe, com o presidente da Suíça, Ueli Maurer, com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, com o primeiro-ministro da República Tcheca, Andrej Babis, com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e com o presidente da Colômbia, Iván Duque.
Em 19 de março, o encontro foi com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na época, a reunião tratou de parcerias estratégicas na área militar entre os dois países. Em 23 de março, Bolsonaro foi ao Chile para se encontrar com o presidente Sebastián Piñera. Já em 31 de março, a reunião foi com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no país do Oriente Médio. O objetivo do encontro era assinar acordos bilaterais nos setores de ciência e tecnologia, defesa, segurança pública, aviação, saúde e medicina.
Posses
Quando o assunto é posse, Lula também leva vantagem sobre Bolsonaro. A cerimônia do terceiro mandato do petista foi a que mais reuniu chefes de Estado e de governo, segundo o Itamaraty.
Ao todo, foram 21 autoridades. Dentre eles, quase todos os presidentes da América do Sul (exceto Venezuela e Peru), além do rei da Espanha, os presidentes de Portugal, da Alemanha, Timor Leste, Guiné-Bissau, Angola, Honduras e os primeiros-ministros do Marrocos, de Mali e das ilhas São Vicente e Granadinas.
Já na posse de Bolsonaro, dez chefes de Estado e de governo compareceram ao evento, em janeiro de 2019. Também estiveram presentes três vice-presidentes, 12 chanceleres, 18 enviados especiais e três diretores de organismos internacionais. A maioria era representantes da América do Sul.
Os primeiros-ministros de Israel, Benjamin Netanyahu, e da Hungria, Viktor Orbán, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, além do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, estavam entre os presentes.
Da América do Sul, os presidentes Sebastián Piñera, do Chile, Mario Abdo Benítez, do Paraguai, Tabaré Vázquez, do Uruguai, e Evo Morales, da Bolívia, também participaram da cerimônia. Os presidentes de Honduras, Juan Orlando Hernández, e de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, além do primeiro-ministro do Marrocos, Saadeddine Othmani também compareceram. Além disso, os governos da China e Rússia enviaram representantes.
(Com informações da Agência Câmara de Notícias e da Agência Brasil)