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Estado de Minas REFORMA NA ONU

Lula: 'Membros do Conselho de Segurança da ONU é que fazem guerra'

Grupo de membros permanentes do Conselho de Segurança, que possuem poder de veto a qualquer decisão, é formado por China, EUA, França, Reino Unido e Rússia


21/05/2023 21:49 - atualizado 22/05/2023 10:09
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (21/5) - manhã de segunda-feira (22/5) no Japão - que os principais responsáveis pelas guerras são os membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Os membros do conselho de segurança é que fazem guerra. Estados Unidos e Iraque foram discutidos no conselho de segurança? Não! Inglaterra e a França quando invadiram a Líbia, não! Putin agora, foi discutido no conselho de segurança? Não!", declarou o petista em entrevista coletiva realizada antes de retornar ao Brasil.

Em janeiro de 1946, foi criado o Conselho de Segurança das Nações Unidas com o objetivo de manter a paz e a segurança internacional. O grupo é composto por 15 nações, sendo que dez se alternam entre os 193 Estados-membros da ONU. Ele tem poder de autorizar intervenções militares para garantir que resoluções aprovadas sejam executadas.

Contudo, cinco países são membros permanentes e contam com poder de veto. Assim, independente do que for decidido, se algum deles se opuser, a medida será vetada. Este seleto grupo é composto por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.

Lula também apontou que o grupo é responsável por grande parte das comercializações de armamentos no mundo. Um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, divulgado em 2019, aponta que entre 2014 e 2018, Alemanha, China, Estados Unidos, França e Rússia foram os encarregados de 75% das exportações de material bélico no mundo.
Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva dá entrevista coletiva antes de retornar ao Brasil, após participar da reunião do G7 em Hiroshima, no Japão (foto: Reprodução/TV Brasil)
Já os principais compradores foram os governos da Arábia Saudita, responsável por 12% das aquisições mundiais, majoritariamente fornecidas pelos EUA; Austrália, China, Coreia do Sul, Índia e Vietnã também se destacam.

Com isso, o presidente brasileiro voltou a defender uma mudança no Conselho de Segurança da ONU e que mais países façam parte. 

"Reivindico a necessidade de mudar o conselho de segurança da ONU e, ao mesmo tempo retirar o direito de veto. Para que você possa decidir uma coisa numa COP e cumprir com aquela coisa", afirmou. 

A entrada de países da América Latina, África, Ásia e até mesmo mais europeus foram pedidas pelo petista.

"Que entrem mais países da América Latina, África, Japão, Alemanha, Índia... A África tem 54 países, porque não entra um ou dois representantes?", completou. Em outro momento ele chegou a levantar a possibilidade de África do Sul, Nigéria, Egito, Vietnã e Indonésia terem uma presença mais destacada no órgão internacional.

Lula foi à cidade de Hiroshima, no Japão, participar, como convidado, do encontro do G7, realizado entre sexta-feira e domingo.


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