Jornal Estado de Minas

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Internautas comparam Lula com Ricardo Salles após fala sobre Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a exploração da diversidade da Amazônia, para gerar “empregos limpos”, argumentando que a população da região tem o direito de trabalhar e comer. A fala, declarada à imprensa nesse domingo (21/5), em Hiroshima, no Japão, gerou críticas ao petista na internet.





Alguns internautas lembraram que a exploração da Floresta Tropical era uma pauta defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), que chegou a dizer que o governo devia “passar a boiada” nas regulamentações ambientais.

“Na Amazônia moram 28 milhões de pessoas. E essas pessoas têm o direito de trabalhar, comer. Por isso, precisamos ter o direito de explorar a diversidade da Amazônia, para gerar empregos limpos, para que a Amazônia e a humanidade possam sobreviver”, disse Lula.

Nas redes sociais, os comentários se revezam entre críticas e ironias. “Sai do fake, Ricardo Salles”, disse um usuário no twitter. “Agora pode explorar a Amazônia, pois é com amor”, declarou outro.





Já o usuário Daniel Penna-Firme, disse ficar feliz que Lula e Ricardo Salles tenham a mesma “visão”. “Era exatamente sobre isso que o ex-ministro falava na reunião ministerial do governo passado, quando mencionou em ‘passar a boiada’ para combater o excesso de regramento ambiental na nossa lei. Parabéns!”, exclamou.



Por outro lado, outras pessoas afirmam que o presidente está errado e deveria conversar com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. “Exploração por exploração, o governo anterior defendia também e sentenciou os indígenas à desnutrição e morte e acabou com a nossa política ambiental”, disse uma usuária no twitter.


Ibama x Petrobras

A fala de Lula ocorre após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ligado a pasta ambiental, vetar um pedido da Petrobras para realizar uma perfuração de estudo a 179 km da costa do Amapá, na bacia da foz do rio Amazonas, na última quinta-feira (17/5). A petrolífera quer checar a existência de petróleo na área, que já vem sendo chamada de “novo pré-sal”.

O presidente afirmou que também não vê problema quanto à exploração na foz do rio, já que o projeto seria em “alto mar”, mas só vai voltar a falar sobre o tema quando estiver de volta ao Brasil. A declaração contraria o parecer técnico do Ibama e a decisão do presidente do instituto, Rodrigo Agostinho, que relatou “inconsistências preocupantes” no projeto da estatal.