Moro sobre anulação da sentença de Lula: 'Difícil enxergar a impunidade'

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) voltou a rebater o jornalista Octavio Guedes, da GloboNews, que disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era inocente em relação à sentença proferida pelo ex-juiz durante a Operação Lava-Jato. Posteriormente, as condenações de Lula foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em suas redes sociais, Moro insinuou que as anulações das sentenças da Operação Lava-Jato não são equivalentes à inocência dos que foram condenados por ele e questionou se é "tão difícil enxergar o problema da impunidade".  

"Segundo o jornalista da %u2066@GloboNews, quem teve sentença anulada na Lava Jato é inocente, ou seja, Lula, Cabral, Cunha, Palocci... Fiquei esperando a resposta sobre Cabral. É tão difícil enxergar o problema da impunidade? Ou precisa esconder a realidade com ideologia?", questionou.

Na ocasião, Moro compartilhou o trecho de uma entrevista entre os dois em que eles batem boca sobre a Operação Lava-Jato. Na entrevista, Moro questionou a Guedes qual "inocente" foi condenado durante a Operação Lava-Jato. 

 

 

Guedes então alegou que para o Supremo Tribunal Federal (STF), Lula era inocente. "O Supremo anulou, não reconheceu que [Lula] era inocente. Você está colocando palavras na boca do supremo. Me diga uma pessoa que teve a inocência reconhecida, que foi presa na Lava-Jato.", rebateu o ex-juiz.

A relação do ex-juiz federal e do presidente Lula não é das melhores há um tempo. Moro é um dos nomes mais conhecidos da Operação Lava-Jato e o responsável por condenar Lula na Operação Lava Jato.

Após 580 dias detido, Lula deixou a prisão quando o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o cumprimento da pena deve ser iniciado após o esgotamento de todos os recursos, opondo-se à prisão após condenação em 2ª instância. 

Na época, Lula ainda tinha recursos pendentes de análise nas instâncias superiores

Posteriormente, a Corte anulou as condenações de Lula por considerar que o ex-Juiz Federal Sergio Moro atuou parcialmente no julgamento do petista. O STF ainda entendeu que a tramitação do processo ocorreu em jurisdição incompetente para o julgamento do caso.