O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) convocou uma manifestação nacional em defesa do seu mandato, cassado por unanimidade entre os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 16 de maio. O ex-procurador da Lava-Jato, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (24/5), pediu aos apoiadores que saiam às ruas no dia 4 de junho.
“Nós vamos unir a nossa voz. Estamos, pela primeira vez, em um imenso grupo de oposição, representando os brasileiros contra a injustiça, opressão, arbítrio, contra os abusos do poder. Nós vamos lutar e ecoar a nossa voz junto com os milhares que não desistiram do país”, disse.
Oficialmente, Deltan ainda não perdeu o mandato. Por três vezes, ele foi procurado pela corregedoria da Câmara dos Deputados para se manifestar sobre a decisão do TSE, mas não foi “encontrado”. Nessa terça-feira (23/4),
ele foi notificado pelo Diário Oficial da Câmara, que deu cinco dias para que ele se manifeste.
O TSE entende que Deltan pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF) a fim de evitar processos internos que poderiam levar à sua demissão e, consequentemente, à sua inelegibilidade. A prática foi considerada uma forma de burlar as regras da Lei da Ficha Limpa.
Nesta quarta-feira (24/5) ele também se reuniu com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, em uma das últimas tentativas para salvar o mandato.