O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse, na primeira reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro, nesta quinta-feira (25/5), que a esquerda tenta ‘descredibilizar’ os deputados que são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos ataques aos três poderes.
O parlamentar pontuou “narrativas” que, segundo ele, terá o trabalho de derrubar durante os trabalhos da comissão. Nikolas fez uma referência ao correligionário André Fernandes (PL-CE), responsável pelo requerimento que criou o colegiado, dizendo que não há “relacionamento jurídico" para um inquérito no STF.
“Se for falar de investigação, o PT está lascado, porque só no governo de transição, são 67 que estão investigados, não por ‘perseguição política’, mas por lavagem de dinheiro, corrupção, peculato. Então não falem de investigação, se não o negócio fica feio para vocês”, disse.
Uma outra narrativa pontuada por Nikolas seria de que eleitores de colegas deputados estavam nos atos do dia 8 de janeiro, o que descredibiliza a presença do parlamentar na comissão. “Se for levar essa mesma narrativa o PT também está lascado. Porque se for considerar os crimes que cometeram, o Lula é o primeiro a ser condenado novamente”, continuou.
Nikolas também afirmou que é errado chamar os manifestantes de “terroristas”, a não ser que tenham pessoas com perfil de “Nicolás Maduro” e “Hugo Chávez”, presidente e ex-presidente da Venezuela, respectivamente.
O deputado mineiro encerrou dizendo que fez o requerimento de quatro convocações, quatro requisição de imagens e um pedido da íntegra da CPI do 8/1 que ocorre na Câmara do Distrito Federal (DF).