No lançamento da pedra fundamental da Heineken em Passos, Sudoeste de Minas, na manhã desta quinta-feira (25/05), o governador Romeu Zema (Novo) voltou a defender as privatizações da Copasa (Companhia de Abastecimento de Minas Gerais) e da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).
Afirmou que as tratativas com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) estão em andamento, mas que nada será feito com pressa, mas, sim, com critérios. “Nós vamos enviar um projeto de lei para que não haja referendo popular para a privatização. O mineiro não é, como eu, alguém especializado em privatização. Os deputados que podem estar avaliando isso. Cabe aos deputados, na minha opinião, que são representantes do povo”, comentou Zema.
O governador mineiro disse que a Cemig e a Copasa tiveram seus valores triplicados desde que ele assumiu o seu primeiro mandato. “Essas empresas não têm condição de investir mais porque o principal controlador, o acionista delas é um estado que não tem condições financeiras. Quando nós privatizarmos, teremos condições de trazer para Minas Gerais milhares de investimentos, tanto no saneamento básico quanto no fornecimento de energia, que são dois gargalos que nós temos hoje”, acredita.
“A privatização só vai trazer benefícios. Pode ser que a gente não arrecade nada, só fazer uma corporation. Mas, se entrar dinheiro, vamos investir em estradas, investir em logística, que é um grande problema”, comentou.
Quanto à possibilidade de duplicar a rodovia que liga Passos a São João Batista do Glória, distantes cercade de 20 quilômetros, Zema disse que a Prefeitura de Passos está elaborando um projeto executivo para depois Estado e município “sentarem” para conversar.
“O Estado tem convênios com diversas empresas que realizam uma obra e depois desconta no ICMS, é uma das soluções para se aplicar aqui”, comparou.
Quanto à falta da mão de obra qualificada, Zema disse que o governo pode ajudar. “Aqui em Passos mesmo. Hoje eu verifiquei aqui em Passos tem 950 alunos fazendo Trilhos para o Futuro, custeados pelo Estado. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico faz um levantamento para se ver a viabilidade e o que a empresa demanda”, contou.
Nova fábrica da Heineken
Antes da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova fábrica da Heineken em Passos, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Zema foi levado para conhecer as obras, acompanhado do presidente da empresa, Maurício Giamellaro, do vice-presidente de Sustentabilidade & Assuntos Corporativas da cervejaria, Mauro Homem, e do prefeito de Passos, Diego Oliveira (União Brasil). Participaram da solenidade deputados e autoridades regionais e locais.
Giamellaro disse que Minas Gerais é o maior consumidor das marcas produzidas no Brasil. “Temos 550 colaboradores já operando aqui, nós temos nossos centros de produção, vendedores, supervisores, todo o time na área comercial e nós temos três centros de distribuição para atender aqui, um que fica em Contagem, outro em Uberlândia e outro em Poços de Caldas. Aqui será um grande centro de produção de cerveja não somente em Minas, mas para todo o Brasil”, disse o CEO da Heineken.
Giamellaro disse que Minas Gerais é o maior consumidor das marcas produzidas no Brasil. “Temos 550 colaboradores já operando aqui, nós temos nossos centros de produção, vendedores, supervisores, todo o time na área comercial e nós temos três centros de distribuição para atender aqui, um que fica em Contagem, outro em Uberlândia e outro em Poços de Caldas. Aqui será um grande centro de produção de cerveja não somente em Minas, mas para todo o Brasil”, disse o CEO da Heineken.
O anúncio da instalação da fábrica foi feito pelo Governo de Minas em abril de 2022. Em janeiro deste ano, o Grupo Heineken recebeu do Comitê de Política Ambiental (Copam) a licença para implantação em Passos. As obras da cervejaria no município começaram em março.
Com previsão de inauguração em meados de 2025, a unidade será a 15ª da empresa no país. A planta de Passos vai receber investimentos de R$ 1,8 bilhão e vai gerar 350 empregos diretos, além de 11 mil postos de trabalho indiretos, quando estiver em plena operação.
No pilar ambiental, a nova operação será 100% abastecida por fontes de energia renovável, contribuindo para a meta de neutralidade de carbono anunciada pela empresa em 2021.
A cervejaria vai produzir as marcas Heineken e Amstel na cidade.
Todos fizeram um brinde com Heineken zero álcool e cada um da mesa colocou uma intenção em uma das garrafinhas de Heineken vazias, que depois serão levadas para a fábrica.