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Estado de Minas DEPUTADO CASSADO

Dallagnol procura Lira para anular cassação, mas é ignorado

Deputado Deltan Dallagnol teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas ainda tenta reverter a situação


26/05/2023 10:31 - atualizado 26/05/2023 11:23
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Delltan Dallagnol. O deputado é um homem branco, usa terno e óculos
Deltan Dallagnol teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados )

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse que foi ignorado pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao tentar conversar sobre o processo que anulou seu mandato.
 
A decisão da cassação foi dada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, mas Deltan ainda precisa passar pelo procedimento da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.


"Existem dois caminhos: um é por meio da decisão da Câmara, que em atenção à ampla defesa que prevê a Constituição, examine a existência de uma quebra de imparcialidade, inconstitucionalidade e perseguição política executada em um julgamento. Existe também a possibilidade de uma medida no Supremo Tribunal Federal que reverta a decisão do Tribunal Superior Eleitoral".
 

Apesar da declaração de Dallagnol, o corregedor da Casa, deputado Domingos Neto (PSD-CE), já disse que o órgão fará uma "análise meramente formal, não há análise de conteúdo [da decisão do Tribunal Superior Eleitoral]".

Conforme o deputado, ele procurou Lira na Câmara dos Deputados, tentou contatá-lo por mensagem e ainda tentou agendar uma reunião, mas o encontro não ocorreu. 
 

"Ele fechou as portas, não respondendo às mensagens e aos nossos pedidos. Tentei inclusive falar com a chefe de gabinete dele algumas vezes. Ao mesmo tempo que vejo uma falta de acolhimento do presidente da Câmara, eu vejo um amplo acolhimento dos deputados da Casa. Na primeira coletiva que fizemos após a cassação havia ali mais de 50 deputados de 11 diferentes partidos que representam mais de 10 milhões de votos".

Dallagnol também afirmou que tem "respeito e admiração" pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não os procurou para falar sobre a cassação do mandato.






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