Alvo de diversos processos judiciais, Jair Bolsonaro (PL) pode acionar os apoiadores para ajudá-lo a pagar os custos das indenizações das ações em caso de condenação.
A afirmação é feita pelos advogados do ex-presidente, que estimam que a soma dos processos em andamento contra ele chegue a R$ 2 milhões - caso a Justiça decida de maneira desfavorável a Bolsonaro. Uma das ideias do grupo para custear as indenizações é viabilizar uma vaquinha on-line que seria controlada por meio de uma auditoria.
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Em 16 de maio, a Justiça do Amazonas determinou ao ex-presidente o pagamento de R$ 30 ao senador Omar Aziz (PSD-AM) após Bolsonaro declarar publicamente, em três ocasiões, que o político amazonense teria "respondido por pedofilia".
O juiz Cássio André Borges dos Santos entendeu que Bolsonaro teve a "única finalidade de impactar e arranhar a imagem do autor", por meio de uso de tom malicioso e "manipulação de fatos".
As falas do ex-presidente se referem à uma investigação feita pela Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) da Pedofilia, na qual Omar foi investigado, em 2004, mas não indiciado.
O magistrado afirmou, ainda, que "a manipulação de fatos" é uma forma de difundir "fake news", "o que deve ser combatido por toda a sociedade civil, inclusive pelo Poder Judiciário, caso processos sobre o tema sejam deduzidos em juízo por quem busca a defesa de sua imagem e de sua honra".
"Não se pode compactuar com atos abusivos disfarçados de retórica da verdade", acrescentou Cássio na sentença. Além da multa, o juiz condenou Bolsonaro a publicar o conteúdo da sentença nas mídias sociais no prazo de cumprimento de sentença, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia de descumprimento, limitada ao valor de R$ 20 mil.