Jornal Estado de Minas

AMÉRICA DO SUL

Maduro: 'Todas as portas com o Brasil foram fechadas'


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está no Brasil para o encontro da cúpula da América do Sul, com todos os outros chefes de estado do continente. Na manhã desta segunda-feira (29/5), ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto e destacou o rompimento das relações entre os dois países vizinhos nos últimos anos, antes do retorno do petista à Presidência. 





“No Brasil, todas as portas foram fechadas e todas as janelas, sendo países vizinhos. Se tentou invadir a embaixada venezuelana, mas ainda bem que movimentos sociais e grupos sociais, juntos com a justiça brasileira, ajudaram a preservar o espaço sagrado de uma embaixada”, disse Maduro.
 
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O presidente lembrou o incidente no prédio da embaixada do país sul-americano, ainda no dia 13 de novembro de 2019, quando 20 pessoas, brasileiros e venezuelanos, invadiram o local em Brasília. Eles se manifestavam em favor do então autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaído, que não foi eleito, mas havia sido reconhecido pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Todas as portas foram fechadas das relações financeiras, comerciais, culturais, políticas e diplomáticas. Se tentou, junto a outros governos, com essa forma extremista, impor um governo inexistente, mas isso é passado. Mas, como diz uma canção, é impossível esquecer”, continuou Maduro.




 
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O presidente venezuelano descreveu o encontro com o presidente Lula como o ínicio de uma “nova era”. Ambos reconheceram as dificuldades da Venezuela, mas ressaltaram também os embargos que o país enfrenta. Maduro lembrou que a receita de exportação de petróleo do país caiu de US$ 56 bilhões para US$ 700 milhões anuais. 

“Hoje, se abre uma nova época entre os nossos países, entre os nossos povos. Ela deve corresponder à construção de um novo mapa, que abarque todas as áreas da economia, comércio, educação, saúde e agricultura. Todas as áreas do relacionamento horizontal entre os povos, que permita um diálogo franco entre os governos”, ressaltou o presidente venezuelano.