O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve indicar, ainda nesta semana, o advogado Cristiano Zanin para a cadeira aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação, no entanto, é alvo de críticas pelo fato de Zanin ter sido advogado do chefe do executivo na defesa da Operação Lava-Jato.
Nesta segunda-feira (29/5), Lula foi questionado sobre a indicação após reunião com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O petista evitou falar sobre o caso com os jornalistas. “Isso é uma coisa tão minha que eu não quero repartir com ninguém”, disse.
A relação de proximidade entre os dois deve ser foco da sabatina a que o advogado vai ser submetido no Senado, que conta, inclusive, com algozes, como o senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato. A jornalista Mônica Waldvogel, da GloboNews, destacou que esse processo faz parte do “Show da Política”, mas afirma que a indicação de Zanina será indecorosa.
“Não importa o quanto ele foi leal ao presidente em sua defesa, o quanto ele foi competente. O presidente da república nomear o seu próprio advogado, que foi bem sucedido na defesa, para o supremo tribunal federal, é algo que não deveria ser possível em uma democracia perfeita, ou até imperfeita como a brasileira”, comentou Mônica.