Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o governo de Nicolás Maduro na Venezuela durante entrevista coletiva no encerramento da cúpula da América do Sul na noite desta terça-feira (30/5), em Brasília-DF. O presidente brasileiro reiterou a ideia de que as denúncias sobre falta de democracia no país vizinho fazem parte de uma "narrativa" contrária ao governo venezuelano.
Leia Mais
Lula defende integração da América Latina em evento com presidentesLula culpa Bolsonaro pelo 'isolamento' do Brasil Natuza: 'Lula não pode bater palma pra ditador dançar'O Brasil, a Venezuela e a infantilidade tupiniquimPresidente do Chile confronta Lula sobre Venezuela“Desde que o (Hugo) Chávez assumiu, foi construída uma narrativa de que o cara é um demônio. Foi assim que aconteceu com o Chávez e foi assim que aconteceu comigo. Venderam uma mentira e depois ninguém conseguiu provar. O que eu disse para o Maduro é que existe uma narrativa no mundo de que a Venezuela não tem democracia, que ele cometeu erros. É obrigação dele construir uma narrativa com fatos verdadeiros”, disse, relembrando o líder venezuelano que precedeu Maduro.
Lula prosseguiu afirmando que disse a Maduro que ele deve preparar um documento com a assinatura de partidos de oposição, de lideranças parlamentares e de governadores venezuelanos atestando a democracia no país para apresentar ao mundo. O presidente brasileiro concluiu dizendo que a soberania da Venezuela deve ser respeitada.
Na mesma resposta, Lula se referiu a Jair Bolsonaro (PL), mesmo sem citar o ex-presidente nominalmente, como um “troglodita que não acredita em resultado eleitoral” e recordou as manifestações golpistas do 8 de janeiro.