Jornal Estado de Minas
Deputado mineiro criticou parlamentares que foram favoráveis a Medida Provisória de reestruturação dos Ministérios do Governo Lula - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
'USARAM PARA SE ELEGER'

Nikolas tem 'vergonha' de 'vários' deputados do PL: 'Usaram Bolsonaro'

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou os deputados do Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, que votaram a favor do texto-base da Medida Provisória (MP) 1.154/23, que reorganiza e estabelece estrutura ministerial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em suas redes sociais, Nikolas disse que sente vergonha dos deputados do PL e alegou que eles "usaram" a imagem de Jair Bolsonaro para se eleger parlamentares.




 
O Partido Liberal é a maior bancada de oposição do governo Lula. São ao todo 99 parlamentares. 

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"A MP realmente passou, que dá a condição do Lula ter 37 ministérios. Lutamos aqui até o fim. Tivemos aí essas perdas, mas tivemos outros ganhos também, mas é claro, a perda é muito, infinitamente maior. A oposição trabalhou, mas é difícil né, lutar contra R$ 1,7 bilhão de emendas que o Lula liberou hoje. Coincidência, né?", disse Nikolas. "Então, qualquer um se torna minoria perante a R$ 1,7 bilhão", continuou.

"Fiz um discurso, mostrando aqui a vergonha não somente da esquerda que votou a favor disso, mas aí já era esperado, mas também aí de vários deputados do PL que usaram do Bolsonaro para poder se eleger e votaram a favor disso. Fica aqui todo meu repúdio, minha vergonha, porque eu realmente nunca vi um deputado de esquerda votar com Bolsonaro", criticou Nikolas.
 
Ao todo, oito parlamentares do PL votaram a favor da MP. Apesar de serem favoráveis à reestruturação dos Ministérios, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, havia orientado que a bancada fosse contra a reorganização das pastas.
 
A MP agora precisa ser votada no Senado hoje, porque expira à meia-noite.
 
Leia: Veja quantos ministérios Lula pode perder se MP não for votada

Caso contrário, perderá a validade, e o governo terá que retomar a estrutura administrativa da gestão de Jair Bolsonaro, que era de 23 pastas. A MP referenda as 37 já em atividade no atual governo.