O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) deverá prestar depoimento à Polícia Federal (PF) por vídeo nesta sexta-feira (2/6). Ele será ouvido como investigado por falas que colocam em xeque a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar seu mandato com base na Lei da Ficha Limpa.
"Descobri que fui intimado a dar depoimento na condição de investigado pela imprensa. Pior, descobri também a razão da investigação pela imprensa, porque não tive acesso aos autos e não sei qual o juízo que deu a decisão. Pior ainda, ao que tudo indica, trata-se de uma investigação sobre críticas a decisões de um ministro, o que é protegido pela imunidade parlamentar garantida pela Constituição", declarou Dallagnol.
Segundo a CNN, Dallagnol afirmou que a situação está se encaminhando para uma perseguição policial e questionou o crime que teria cometido.
“Depois de uma perseguição política, com uma cassação de mandato, o que tá acontecendo agora, e nós estamos caminhando é para uma perseguição policial. Eu gostaria de perguntar qual é o meu crime? Que crime cometi, se não foi colocar corruptos na cadeia?”, disse Deltan.
O deputado cassado também alega que o Tribunal Superior Eleitoral “não se limitou a aplicar a lei eleitoral vigente em nossa ordem jurídica” e que não existe uma regra impondo algum tipo de “quarentena” para procuradores antes de se candidatarem.