Jornal Estado de Minas

CONGRESSO NACIONAL

Lira para governo Lula: 'Vai ter que andar com as próprias pernas'

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o governo Lula terá de "caminhar com próprias pernas" e criticou a articulação política da atual gestão.
 
A declaração do parlamentar foi dada na madrugada desta quinta-feira (1/6), após a aprovação da Medida Provisória (MP) 1.154/23, que reorganiza e estabelece estrutura ministerial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 





"O presidente Lula fez um apelo de manhã. Nós passamos o dia todo conversando a respeito, e a Câmara, os líderes de partidos independentes, que não fazem parte da base do governo, reconheceram a necessidade de dar mais uma oportunidade ao governo. Portanto, nós estamos longe ainda de estarmos comemorando a base, como alguns tentam passar", disse Arthur Lira.

A medida foi aprovada com 337 votos favoráveis, 125 votos contrários e uma abstenção, mas a tramitação foi marcada por derrotas para o governo. Além disso, a MP chegou a correr risco de "caducar". A proposta ainda precisa ser votada no Senado hoje, porque expira à meia-noite.
 
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"O governo terá a oportunidade de voltar a trabalhar, e o presidente Lula, aí sim, de forma mais efetiva, entrar, junto com seus ministros, numa articulação mais permanente, mais correta, para o governo ter, em matérias que virão, dias mais tranquilos".





"É importante que se diga, que se deixe claro que, daqui para frente, o governo, claro, vai ter de andar com as suas pernas. Não haverá mais nenhum tipo de sacrifício ", completou. 
 
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Lira também destacou a importância do governo trabalhar para consolidar a "base" no Congresso para a votação de propostas importantes, como o caso da reforma tributária. 
 
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"O governo sabe, tem consciência de que a acomodação política ainda não está feita, não tem uma base ainda consolidada e precisa se dedicar a isso", disse. "A oportunidade que todos enxergavam era de demonstrar ao governo que ele precisa acordar para que participe mais da vida ativa do País com o Parlamento", completou Lira se referindo ao risco que correu a MP.