O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em São Paulo, nesta sexta-feira (2/6), para uma cerimônia de formatura de oficiais da Polícia Militar (PMSP). Questionado sobre a indicação do advogado pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin, ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele apenas lembrou que a escolha é uma prerrogativa da Presidência da República.
A escolha é do presidente. Essa é uma competência do presidente da República”, disse sobre a escolha do petista.
Ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e outros aliados, como o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Marcos Pontes (PL-SP), Bolsonaro preferiu ser direto. “Bolsonaro está em São Paulo desde essa quinta-feira (1/6), onde passou por consulta médica referente às sequelas da facada sofrida em Juiz de Fora, em 2018. À noite, ele ainda acompanhou Tarcísio em uma partida de futebol entre São Paulo e Sport Recife, no Morumbi, pela Copa do Brasil.
Ainda quando era presidente, Bolsonaro teve a oportunidade de nomear duas pessoas ao STF. O primeiro ministro a ser indicado, Kassio Nunes Marques - que chegou à corte em 2020 -, não tem uma ligação expressa com o ex-presidente. Na verdade, o magistrado chegou a ser desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sendo escolhido pela então presidente Dilma Rousseff, em 2011.
Já o segundo ministro indicado, André Mendonça, segue o perfil de "terrivelmente evangélico”, defendido por Bolsonaro. O magistrado integrou o governo desde o início do mandato, em 2019, quando foi advogado-geral da União até sua indicação como ministro em novembro de 2021.