Rogério Marinho (PL-RN), condenado pela Justiça do Rio Grande do Norte à perda do mandato e dos direitos políticos, disse, nesta sexta-feira (2/6), acreditar em “perseguição” por ser o líder da oposição do Senado. A ação se refere a supostos cargos fantasmas na Câmara Municipal de Natal em 2004 — época em que o parlamentar exercia a função de vereador.
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“Quero tranquilizar os meus eleitores do Rio Grande do Norte, os prefeitos, senadores, que me honraram com a condição de líder da oposição no Senado. Continuarei senador da República por pelo menos mais 7 anos e 7 meses — para desespero de alguns que se regozijaram com o processo de ontem”, disse o senador.
‘Funcionária fantasma’
Na decisão, publicada na última quarta-feira (31/5), o juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas considerou que Rogério Marinho, enquanto vereador de Natal, foi responsável por incluir "de forma desleal" a nomeação de uma funcionária "fantasma" no quadro da Casa, causando prejuízo aos cofres públicos.
Segundo a Justiça, a mulher nem "sequer tinha ciência do seu vínculo com a Casa Legislativa" e "jamais chegou a exercer, regularmente, as atribuições dos cargos para os quais foi nomeada". Marinho foi vereador da cidade entre 2001 e 2003 e entre 2005 e 2007.
O magistrado destacou que o político cometeu “exorbitante gravidade na condição de gestor público, sob a confiança da sociedade que o elegeu, inseriu, de forma desleal, no quadro de uma pessoa servidores da Câmara Municipal de Natal, em evidente afronta à legalidade”.