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Estado de Minas SUPREMO

Denúncia contra Arthur Lira vai ser julgada pelo STF na terça-feira (6/6)

Presidente da Câmara dos Deputados é acusado de corrupção passiva ao, supostamente, receber R$ 106 mil em propina


03/06/2023 11:07 - atualizado 03/06/2023 11:23
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Arthur Lira sorri e está na cadeira da presidência no plenário da Câmara
Primeira Turma do STF deve analisar um parecer da PGR que pede o arquivamento da denúncia contra Arthur Lira (foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para a próxima terça-feira (6/6) o julgamento contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em uma ação que o acusa de corrupção passiva. A primeira turma da Corte precisa analisar um parecer enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em 4 de abril, em que pede o arquivamento da denúncia contra o parlamentar, argumentando que o relato de delatores não seria suficiente para torná-lo réu.

O documento assinado pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, vai contra a denúncia apresentada pela própria PGR ao STF, em 2012. O pedido é feito após a defesa de Lira apresentar um novo recurso, destacando que a Lei “anticrime” (13.964/2019) não permite o recebimento de denúncias embasadas apenas em delações. Lira foi delatado pelo doleiro Alberto Youssef.

O parlamentar é acusado de receber R$ 106 mil em propina de Francisco Carlos Caballero Colombo, como uma maneira de garantir apoio de Lira e se manter na chefia da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Na época, o dinheiro foi apreendido no aeroporto de Congonhas com o assessor, Jaymerson Amorim, que afirmou que o montante seria para o deputado.

Em 2019 o colegiado, por unanimidade, aceitou parcialmente a denúncia e transformou o deputado em réu. O presidente da Câmara também foi acusado de lavagem de dinheiro, mas a hipótese foi rejeitada pelo STF, “tendo em vista a atipicidade das condutas narradas”, diz a decisão.

Lira sempre negou as acusações dizendo que não há provas que o liguem ao caso. A defesa apresentou recurso, que começou a ser julgado em 2020, quando o ministro Dias Toffoli pediu vista no processo e “interrompeu” a análise. 
Na noite da última quarta-feira (31/5), o magistrado voltou a liberar o caso para análise.


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