
Em entrevista à CNN, Lira destacou que o Parlamento tem pautas e interesses próprios, além de não haver um suposto “cabo de guerra” entre ele e Lula. “O Congresso é liberal e conservador. Tem matérias que têm absoluta dificuldade de serem tratadas no plenário daquela Casa, como a questão do saneamento”, disse.
Lira faz referência aos decretos do presidente Lula que alteravam as regras do Novo Marco do Saneamento, estabelecido por Jair Bolsonaro (PL) em 2020. Através de um projeto, a Câmara cancelou parte dos decretos do petista em uma votação expressiva de 295 a 136, representando a primeira grande derrota do governo, que espera reverter no Senado. A articulação também foi criticada por deputados.
O PL do Marco Temporal, que altera a demarcação de terras indígenas, também foi ressaltado por Lira. O projeto foi aprovado por 283 votos a favor e 155 contra. “O placar em si demonstra a vontade do Parlamento a respeito desse tema, que nada tem a ver com a perseguição aos povos originários”, disse.
Lira também afirmou que o Congresso tem vontade de contribuir nos temas importantes para o país, mas que ainda é preciso melhorar a articulação. Lula deve se reunir com líderes partidários na Câmara ainda nesta segunda-feira (5/6).