O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques terroristas de 8 de janeiro, o deputado Arthur Maia (União-BA), negou nesta terça-feira (6/6) pedido apresentado pela base governista para afastar do colegiado o deputado André Fernandes (PL-CE), investigado por possível incentivo aos atos golpistas.
A questão de ordem foi apresentada pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). Fernandes é um dos autores do requerimento para criação da CPMI e um dos alvos de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter postado vídeos nas suas redes sociais incentivando a participação nos atos de 8 de janeiro. O parlamentar nega ter motivado os participantes.
A questão de ordem foi apresentada pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). Fernandes é um dos autores do requerimento para criação da CPMI e um dos alvos de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter postado vídeos nas suas redes sociais incentivando a participação nos atos de 8 de janeiro. O parlamentar nega ter motivado os participantes.
O pedido será agora apresentado ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que decidirá sobre o caso.
'Raposa no galinheiro'
"Seria como a raposa tomando conta do galinheiro", argumentou Rogério Correia ao pedir a questão de ordem. Segundo ele e outros parlamentares governistas, Fernandes articulou para participar da CPMI e, dessa forma, tentar se desvencilhar da investigação. De acordo com o pedido apresentado, o PL, partido de Fernandes, apresentaria outro nome ao colegiado.
Arthur Maia, porém, negou o pedido, defendendo que "não há deputado pela metade". Correia, então, disse que irá remeter a questão a Pacheco. A apresentação gerou um bate-boca logo ao início da sessão entre oposição e governo, antes do início da leitura do plano de trabalho.