Após a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declarar, por unanimidade, a perda do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), Valdemar Costa Neto, presidente Nacional do PL, publicou um vídeo em que pede que a direita se una.
“Eu, como presidente do maior partido de direita do Brasil, tenho um apelo a fazer a todos da direita: vamos nos unir. Temos que caminhar juntos para alcançar os nossos objetivos”, declarou Costa Neto.
No vídeo, o presidente do PL afirma que Dallagnol e o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) estão pagando por causa do excesso, que eles exageraram e fizeram o que quiseram. Mas defendeu que, por isso, não se pode condenar um presidente que não cometeu nenhum erro “na lei”.
“O TSE estará errando se condenar o Bolsonaro, se deixar o Bolsonaro inelegível. Nenhuma justificativa tem para exageros no poder judiciário. Eu, como presidente do partido, tenho a obrigação de defender o nosso pessoal e fico triste que a maior parte da imprensa tá dando que Bolsonaro vai ser impedido [...] vamos esperar o julgamento”, pediu Costa Neto.
A proximidade de Dallagnol, enquanto procurador, e Moro, enquanto juiz, durante atuação de ambos na Operação Lava-Jato é alvo de críticas. Além disso, Moro teve diversas sentenças anuladas, inclusive a condenação de Lula, após o Supremo Tribunal Federal considerá-lo parcial nos julgamentos.
Já a relação entre Moro e Bolsonaro se deu no início do mandato do ex-presidente, quando o ex-juiz foi nomeado Ministro da Justiça. Moro atuou na pasta entre janeiro de 2019 e abril de 2020. Segundo ele, o pedido de demissão se deu porque Bolsonaro tentou fazer "interferências políticas" na Polícia Federal.
O presidente do PL finaliza o vídeo afirmando que se a direita se unir, 2026 “vai ser um passeio”.