O apóstolo Estevam Hernandes afirmou, nesta quinta-feira (8/6), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um gesto inédito, e muito bem-vindo, "de respeito e admiração", ao justificar sua ausência na Marcha para Jesus com uma carta, já que nos oito anos dos seus primeiros mandatos jamais tinha se dado ao trabalho. E, se viesse neste ano, seria recebido "com muito carinho", disse à Folha de S.Paulo o criador do evento que acontece em São Paulo.
Ele poderia até ser vaiado, mas seria algo residual, aposta o líder evangélico. O cristão tem a prática de exercer "o respeito e o amor", e ele orientaria o público a lembrar de um preceito bíblico: orar por todas as autoridades constituídas. Como um presidente da República, independentemente de sua orientação ideológica.
Foi Lula quem sancionou, em 2009, a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus. O evento já acontecia desde 1993 e, até 2019, nenhum presidente havia dado as caras. Jair Bolsonaro (PL) quebrou esse jejum -- ele também participou no ano passado.
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Hernandes afirmou que, no passado, via mais rivalidade e divisão entre as igrejas evangélicas, que não têm uma autoridade suprema, como é o papa para a Igreja Católica, e por isso têm uma hierarquia mais horizontalizada. "Cada uma seguia seu caminho". Agora, a união está bem maior, disse.
Para a multidão, sua esposa, a bispa Sonia Hernandes, declarou: "Nós, como igreja de Jesus Cristo, esmagamos a cabeça da serpente e declaramos que Jesus é o Senhor de São Paulo e do Brasil". Uma banda tocava, sobre o trio elétrico batizado Demolidor, clássicos do cancioneiro gospel, como "Glória, Aleluia" e "Meu General É Cristo".