Brasília – O senador Sergio Moro (União-PR) disse a aliados próximos estar disposto a se reunir com o advogado Cristiano Zanin, caso seja procurado. De acordo com interlocutores, o convite ainda não aconteceu. Mas, caso ocorra, Moro pretende ter uma postura “republicana e democrata” para receber e ouvir o indicado ao STF
A gentileza, no entanto, não significará endosso à postulação do advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Zanin protagonizou embates com o ex-juiz durante a Lava-Jato e foi o autor da tese que culminou na decretação de suspeição de Moro nos julgamentos referentes ao petista.
A gentileza, no entanto, não significará endosso à postulação do advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Zanin protagonizou embates com o ex-juiz durante a Lava-Jato e foi o autor da tese que culminou na decretação de suspeição de Moro nos julgamentos referentes ao petista.
Todo indicado ao Supremo pelo presidente da República costuma ir a cada gabinete de senador para se apresentar antes da sabatina. Zanin já está fazendo isso, mas ainda não foi ao de Moro. Sergio Moro foi o juiz federal responsável pela 13ª Vara de Curitiba, que julgou os processos da Operação Lava-Jato. Ele condenou o então ex-presidente Lula, mas a sentença acabou anulada pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou que a Justiça de Curitiba não tinha competência para julgar o caso.
A sabatina de Cristiano Zanin deverá ser realizada na Comissão de Constituição e Justiça no próximo dia 14, segundo o líder do PSB no Senado, Jorge Kajuru (GO). O advogado de Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Lava-Jato foi indicado para a vaga deixada pelo agora ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril, em 1º de junho.
Kajuru disse que a data foi confirmada após ele ter conversado com o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Ele (Alcolumbre) disse a mim que já quer colocar (o nome para análise). Ele acha que é fundamental, já na quarta, dia 14), a sabatina”. “Alguns senadores entendem que não seria o momento, que devemos observar mais o cenário da votação do Senado. Mas não há nenhuma dúvida da aceitação dele”, disse também Kajuru.
Kajuru disse que a data foi confirmada após ele ter conversado com o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Ele (Alcolumbre) disse a mim que já quer colocar (o nome para análise). Ele acha que é fundamental, já na quarta, dia 14), a sabatina”. “Alguns senadores entendem que não seria o momento, que devemos observar mais o cenário da votação do Senado. Mas não há nenhuma dúvida da aceitação dele”, disse também Kajuru.
Em outubro, Lula terá o direito de indicar mais um integrante do STF, porque a atual presidente da corte, Rosa Weber, terá de aposentar porque completará 75 anos, idade compulsória para aposentadoria. Essa segunda vaga, inclusive, já deu início às especulações sobre os candidatos.
Estão cotados os ministros Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU) e Benedito Gonçalves e Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e ainda o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nos bastidores de Brasília, a avaliação é que, ao indicar Cristiano Zanin, Lula fez escolha pessoal para a primeira vaga. E para a segunda, deverá considerar critérios políticos envolvendo aliados.