O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta sexta-feira (9/6) para tornar réus mais 70 denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) após os atos golpistas de 8 de janeiro.
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Até o momento, o Supremo transformou em réus 1.175 suspeitos de envolvimento nos ataques, com previsão de que os processos, com eventual condenação ou absolvição dos acusados, tramitem na própria corte.
Como os 70 acusados na sessão do plenário virtual que se encerra nesta sexta devem se tornar réus, o número chegará a 1.245. Ainda faltam 145 casos para serem analisados.
Na rodada que envolve 70 acusados, já votaram pelo recebimento das denúncias o relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Luiz Fux, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Rosa Weber. Ainda não havia votado a ministra Cármen Lúcia.
Já os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça, que foram indicados ao Supremo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), votaram na maioria dos casos contra receber as denúncias e transformar os acusados em réus.
Essa rejeição seria em relação aos acusados de incitar os ataques, sobretudo pessoas que acamparam em frente ao Quartel-General do Exército em manifestações que apoiavam golpe de Estado.
No entanto, em seis dos 70 casos, que envolvem pessoas diretamente ligadas aos ataques aos edifícios públicos, os dois ministros indicados por Bolsonaro defenderam que a competência para analisar os casos não é do Supremo, mas caso derrotados nesse quesito, concordam em receber as denúncias.
Ao todo, 1.390 pessoas foram denunciadas pela PGR por envolvimento nos ataques. Em manifestações sobre o caso, a Procuradoria afirmou haver conjunto probatório para sustentar a acusação, como imagens, mensagens e testemunhos.