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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Alice Braga critica Congresso e Marco Temporal: 'O futuro é indígena'

Atriz posta foto de Nova York coberta de fumaça tóxica para alertar sobre importância dos povos indígenas para evitar um colapso climático mundial


09/06/2023 18:53 - atualizado 09/06/2023 18:53
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A atriz brasileira Alice Braga
A atriz brasileira Alice Braga (foto: Alberto E. Rodriguez/Getty Images/AFP)
A atriz brasileira Alice Braga postou uma série de fotos que evidenciam a crise climática no mundo, inclusive da cidade de Nova York coberta por fumaça, para chamar atenção para a luta dos povos originários no Brasil. “O futuro é indígena”, escreveu. Ela se posicionou contra o texto do Marco Temporal. 

Na última semana, uma nuvem de fumaça, consequência de centenas de focos de incêndios florestais que estão ocorrendo no Canadá, chegou aos Estados Unidos e deixou a qualidade do ar em grande parte do país “insalubre”, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). Diante disso, o prefeito de Nova York, Eric Adams, recomendou que todos os nova-iorquinos evitem atividades ao ar livre.
 
Foto em tons alaranjados da cidade de Nova York coberta de fumaça tóxica
Cidade de Nova York coberta de fumaça tóxica que tem origem em incêndios florestais no Canadá (foto: EDUARDO MUNOZ ALVAREZ / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
 

“O dia tornou-se noite em Nova York devido aos incêndios florestais no Canadá. Parece um filme pós-apocalíptico. Só que isso não é ficção. Esta é a nossa vida em um mundo de colapso climático”, disse Alice.



A atriz se coloca contra o texto do Marco Temporal proposto no Brasil e segue afirmando que essa crise sistêmica afeta a todos, principalmente os povos indígenas, que lutam por seus territórios e protegem toda a humanidade. 

“Eles são os maiores protetores dessa incrível teia da vida que nos sustenta. E agora, os indígenas, junto com nosso planeta e a própria humanidade estão sob ataque. O congresso brasileiro está tentando tirar seus direitos invadindo suas terras, sagradas para eles e um produto, para o sistema”.

Marco Temporal 

Na terça-feira (30/5) a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do Projeto de Lei 490/07, que estabelece o chamado Marco Temporal. A proposta, então, seguiu para apreciação no Senado. Em paralelo, o marco também está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal, mas, nessa quarta-feira (7/6) o julgamento do processo foi adiado novamente.   


A tese do Marco temporal prevê a restrição da demarcação de terras indígenas apenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos no dia da promulgação da atual Constituição Brasileira, em 5 de outubro de 1988. A proposta também exige comprovação de que as terras eram, além de habitadas permanentemente, também usadas para atividades produtivas e necessárias à preservação dos recursos ambientais e à reprodução física e cultural.

A Constituição de 1988 garante aos indígenas "os direitos originários sobre as terras que ocupam tradicionalmente, as quais devem ser demarcadas e protegidas pelo Estado". Os defensores da tese afirmam que o estabelecimento de um “marco temporal” traria uma  "segurança jurídica" aos grandes produtores rurais.

Entretanto, os povos indígenas afirmam que a Constituição não estabelece nenhum marco temporal e que seria impossível determinar sua presença em determinados territórios em 1988, em especial devido à perseguição sofrida durante a ditadura militar. 
Críticos do projeto apontam que há brechas que permitem a prática de grilagem de terras, além de flexibilizar a atividade de garimpo, agropecuária, abertura de rodovias, entre outros empreendimentos sem participação indígena. Ou seja, para além da importância cultural e de sobrevivência dos povos originários, as terras indígenas também são consideradas fundamentais na luta contra o desmatamento e o aquecimento global.


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